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Submarino mesmo!

  • Foto do escritor: jade turquesa
    jade turquesa
  • 1 de abr. de 2021
  • 3 min de leitura

No ano que tudo começou, minha ajudante e a prima tinham adquirido por minhas mãos uma viagem para Fortaleza. Em 2019 ainda se faziam planos, a vida seguia normal.

Ilusão desfeita meses depois com a vinda do nosso visitante que, ao invés de só visitar, fincou residência nas nossas vidas.

Daí em diante começou a saga de reaver os valores pagos, parte aérea e hotel.

Como eu havia achado no Submarino Viagens o que elas desejavam e como os gastos foram feitos no meu cartão de crédito (que elas pagaram religiosamente) me vi obrigada a fazer o contato com a empresa e pedir o reembolso.

Tenho que dizer que pouco antes tive uma grata experiência com a Air France que, diante dos mesmos motivos, me devolveu inteiramente os valores pagos.

Digo a vocês, essa tarefa é inexecutável com a Submarino. Não existe maneira de fazer contato com ela.

Foram várias ligações telefônicas, 23 minutos, 32 minutos, 49 minutos e vai aumentando porque eu não acreditava no que estava acontecendo (até acabar a bateria do celular) e ter o meu cérebro marcado por uma musiquinha nheque nheque que me levava à loucura porque repetida por vários dias e dias e dias, com vários prejuízos aos heróicos neurônios.

Tudo leva você a desistir.

Minha essência de taurina persistente usou todas as possibilidades: email para o atendimento@, várias ligações para o sac (ninguém atende), ligações para todos os números disponíveis que claramente não estão disponíveis.

É um faz de bobo cruel.

Não deixo nada para a última hora (isso já aprendi na vida), comecei a tentar com folga.

E você vê o dia chegando da viagem e não consegue falar com ninguém.

De repente, num dia chuvoso resolvi tentar de novo (sempre dizia ser a última vez - mas perder dinheiro dos outros é pior que perder o seu).

Depois de 53 minutos da mesma musiquinha, aquela que depois de um tempo você se pega cantando no chuveiro (e quer sair correndo), alguém atende e diz:

- Submarino boa tarde, com quem eu falo?

Eu estava um pouco longe do celular e num salto digno de olimpíada alcancei a voz salvadora. Expliquei quase pausadamente as dificuldades que estava encontrando para obter informações de como proceder no caso específico, as várias tentativas, a proximidade da viagem etc. A moça, que estava sem dúvida em home work (tinha ao fundo um cachorro latindo, como na minha casa) ouviu tudo e disse delicadamente:

- um momento por favor.

Depois de aguardar por uns 15 minutos, descobri a inafastável realidade. Ela nunca voltou.

Juro que me senti aquela môsca, lembra, a do cocô do cavalo do bandido? Só que essa môsca tinha sangue nos olhos! Segurar o celular na mão, naquele momento, foi uma tarefa de Hércules. Vi todas as minhas encarnações da época dos Bárbaros reaparecerem. Mal acreditava na falta de respeito dessa empresa para com os seus clientes.

É muito incômodo esse sentimento de "eu não acredito!!!"

Tive que me refazer, por uns dias, para recomeçar. Minha ajudante, mesmo ansiosa, colaborou. Eu tentava no meu telefone e ela no dela. E nós duas fugindo da prima.

Até que em outra rara ocasião, depois de várias outras tentativas com a odiosa musiquinha, uma voz masculina atendeu. Fiz o pedido de reembolso mas pasmem, não é assim. Você desiste da viagem mas receberá um email para que documente sua opção para reservar nova data (tá loco) ou optar pela devolução. Revidei na hora "puxa, não é mais fácil tratar tudo por email, então?" Não, não é.

E aí vem a frase congelante dita pelo atendente: se o email não chegar em até 15 dias úteis, deverá entrar em contato novamente. Protestei. Supliquei, me encolerizei, mas nada adiantou. Essas são as regras do purgatório de quem compra no Submarino Viagens.

Pergunto: Você recebeu algum email da Submarino em meu nome? Por favor, verifique nas suas contas, seu span, seu lixo eletrônico. Porque aqui nada chegou.

É lamentável que este texto não seja apenas uma crônica. Um texto para divertir amigos e trazer algo da vida para ser lembrado, dividido.

É lamentável dividir pouco caso, desrespeito. Só não quis deixar escuro, como é o mundo onde vive o Submarino, se encondendo sobre profundas águas para não ser visto nem alcançado.

Evitem. Porque não dá para descer tanto.










 
 
 

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