A coisa do eu
- jade turquesa

- 16 de set.
- 2 min de leitura
Sempre me surpreendo, e ocorreu muitas vezes comigo mesmo, como certos acontecimentos têm o poder de deixar registrado, escancarado o que temos por dentro. Não me orgulhei de muitas atitudes que tomei mas tive a minúscula clareza consciencial da identificação, para que aquela “coisa” não fosse alimentada pela minha vontade.
Todos temos dentro de nós guardado muitas “coisas”, mas é necessário, e cada vez mais urgente, que se tenha uma crítica mais severa sobre os nossos sentimentos porque dessa visão depende o julgamento de nós mesmos, aliás, o primeiro que deve ser feito.
Os acontecimentos ocorridos no mundo e no nosso país têm trazido à tona muitas mensagens. Pessoas idôneas, amáveis, pessoas que têm uma vida equilibrada, que amam seus filhos, seus pets, seus amigos, se veem envolvidas em uma “coisa”, uma coisa amarga de se ver.
As redes sociais têm mostrado o que as pessoas têm guardado por dentro. As manifestações, não importa qual lado, demonstram o potencial de raiva e ódio que cada um carrega. Realmente não é fácil viver no nosso mundo mas quando vemos manifestações de sarcasmo cruel ou explosão de ódio na nossa famíiia, nos nossos vizinhos, nos nossos amigos, é se levantar a placa de atenção.
Daí tirar o tamanho da crise moral que vive o mundo.
Gerir as nossas emoções é muito difícil principalmente quando a barreira do ‘dane-se’ é ultrapassada. É chegada a hora de olhar dentro e reconhecer os avanços que o ódio tem feito em nós e nos armar de limites. Lembro que qualquer psicologia básica acusa que as nossas próprias imperfeições refletem as nossas palavras acusatórias, ou seja, o que mais odeio no outro é o que tenho que mudar em mim.
Vamos mudar essa corrente e realizar outra construção. A nossa vontade é soberana e comanda as nossas vidas e leva outras pelo mesmo caminho. Vamos mudar essa “coisa” antes que ela leve o nosso eu para onde não poderemos enxergá-lo.









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