O monólogo
- jade turquesa

- 17 de dez. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de dez. de 2020
As vezes a gente se depara com uma situação ímpar (sempre ouvi esse termo - a partir de agora, para indicar uma situação diferente ou difícil vou usar a palavra "par", depois de 2020, esse ano par, até o meu vocabulário mudou).
Sabe quando uma pessoa te liga na hora errada, te procura no momento que você está atrapalhado até a raiz, te manda a mensagem que você não quer receber, estica demais uma conversa que você nem gostaria de continuar, que só dá bola fora, que só ela quer falar e não acerta um palpite?
Sim, tem pessoas que estão em outra vibe totalmente diferente da sua naquele momento. Ou sempre.
Tem pessoas que você conhece por uma vida toda e quando você olha, elas mudaram. Elas ficaram chatas, as conversas ficaram monótonas e intermináveis e eu me pergunto, será que eu não notava ou será que fui eu quem mudou? Vai ver que eu fiquei chata. Ou piorei.
Mas a verdade é que as vezes fica insuportável conviver com essas mudanças. Aí você evita, dá desculpas, vai até o seu limite, vai e volta várias vezes e tenta, educadamente, explicar por palavras, metáforas, que o monólogo cansou.
Não sei como fazer, já vou até dizendo que não quero magoar (porque a vida já magoa sozinha, não precisa de ajuda) mas dou com os burros n'água (homenagem à minha avó portuguesa) porque sempre acaba caindo sobre a minha cabeça a culpa de fazer equivocados julgamentos sobre os outros.
Me pergunto, como fazer? Porque sem ser sincera você pode passar a ser vista como emocionalmente instável quando na verdade você quer parar com a chatice e só pensa em fugir. Não se trata de instabilidade de temperamento, caia na real, o assunto é longo e desinteressante. Você tem que notar quando a pessoa não está mais querendo continuar e tenta se desvencilhar. Não se trata de bipolaridade não.
Me sinto mal em falar e mal em não falar. Verdade que o julgamento não está do avesso se outras pessoas sentem o mesmo que você e querem sumir também.
Se eu estou chata prefiro que alguém, de preferência uma amiga, d e l i c a d a m e n t e me diga para que não haja um distanciamento por outro motivo que não seja a pandemia. Porque amigos devem ser sinceros mas não podem pagar o preço do inconfomismo e da cegueira alheia.
Saber entender o outro é um dom. Estou na escolinha ainda mas sei quando alguém está na contramão.
Quando um amigo já começa pedindo perdão, se prepara porque vem coisa e p o r f a v o r não transforme essa conversa numa interminável DR caso contrário as pessoas não vão querer se aproximar de você pelos motivos certos.
Ouça, afinal é um amigo quem fala. E pense depois, sem revidar.
Perdão amiga...shiiiiiiii, vem coisa.









Oh Jade, que situações difíceis a gente se coloca e não sabemos como nos livrar...o pior é que sinceridade demais..ofende, ou melhor...constrange. O que fazer? Bem, a Vida nos ensina dia após dia, basta percebermos os sinais que Ela nos envia!!!