Mudez

Tenho escutado algumas vezes (a modéstia me impede de escrever "várias") que meus leitores estão sentindo falta de textos novos.

Com toda a razão. De uma hora para outra e não sem motivo relevante fui acometida de uma mudez que, dada a minha personalidade quase extrovertida, causou estranheza até às minhas paredes.

Meus esforços para um recomeço (como os de agora), foram desprovidos de êxito, então desde já me desculpo por qualquer desastrada tentativa de sorrir.

Por mais que eu queira não consigo digitar qualquer tipo de alegria.

Fiel aos meus sentimentos, nem escondida por detrás da tela do computador serei capaz de teatralizar alguma graça.

Com certeza teria prazer em compartilhar momentos divertidos (acreditem, eles não me faltam na memória), até tenho recebido sugestões de temas, mas eles não saem de mim em forma de simpatias por hora.

Quero encontros felizes por aqui. Deixem passar. Deixo passar.

Vivi várias décadas na fase 1. Esse número está pequeno talvez não por acaso.

Dando de cara com a fase 2 ainda estou me remexendo, empurrando a perna pra lá, encaixando o braço para cá, apertando o quadril para caber. Pois é, o quadril aumenta sim.

No momento, auxiliada também pelo tempo, estou recebendo bálsamos diretamente no coração, entristecido e miudinho como o número 1 desta fonte.

Tudo combinado com o tempo das máscaras.

Espero o dia do 'tudo bem'.

Só tenho um desejo agora.

Paz para ela.

Dois desejos.

Paz para todos.