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  • Foto do escritor: jade turquesa
    jade turquesa
  • 11 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura

Quando aceitei fazer uma sociedade com uma amiga para vender roupas fiquei um pouco incomodada.

Sempre tive um interesse especial por moda embora a opção profissional não deixasse muita margem para expansões (trabalhar em tribunal faz você restringir o imaginário ao terninho).

Mas nos momentos de lazer, que não eram muitos, “asas para que te quero”, deixava voar.

Para dizer a verdade os vôos não foram tão significativos mas sempre fui fã de um roupa boa. O que é?

É aquela de boa qualidade que faz você ter mais qualidades (físicas) do que realmente têm.

Saber esconder os defeitinhos (os físicos), essa é a sabedoria do bem vestir.

Tá bom, tem gente que não tem o que esconder. Mas não é meu caso e o de muita gente.

Com a pandemia a vida se transformou. O virtual que já era forte esquema de desenvolvimento e evolução em todos os campos da vida, literalmente viralizava.

Vender pelas redes sociais ficou muito comum.

Taí, o combinado foi vender roupa pela internet. Mas como mostrar o modelito? No cabide? Esticado na cama? Ah vai ficar lindo! Não dá.

Então vai contratar uma modelete para vestir suas roupas? Tá dojda? Vai encarecer muito e quem vai pagar é a cliente e sua roupinha vai ficar cara demais.

E aí? A solução caseira mais conhecida nos 4 cantos do planeta veio como um cometa: se não tem tu, vai tu mesmo.

Voltando ao incômodo, fiz a primeira foto vestindo moletom (nessa primeira, nem era minha roupa, era para ajudar na venda de 25 peças de uma amiga que estava precisando muito) e com a cara e a coragem de uma desavergonhada anciã metida a besta, os 25 moletons venderam em 1 semana.

Minhas sombrancelhas se ergueram numa posição interrogativa. E a resposta veio de súbito: então há mercado para as velhinhas!!!

E foi assim que a história começou. Tem uma dose do fútil envolvida, claro que sim. De vaidade que quer resistir ao tempo, também. Mas resistir, atualmente, é uma lei conhecida.

Tirando a futilidade e a vaidade, sobra algo? Depende do ponto de vista. Ver alguém encontrar entusiasmo por ter uma roupa nova, se sentir bonita, viva, querendo virar uma página da vida, se querendo de novo, alargando os olhos e sorrindo frente ao espelho...vale as críticas e quem sabe as maledicências que, talvez, possam ser lançadas sobre o tema. Talvez.

Sei agora que o cuidado com o invólucro deve ser correspondido com aquilo que abriga, na mesma proporção.

Com o que passa por dentro, cuido em outro perfil.

Então, em frente. Visto a roupa ou o acessório a ser vendido, tiro a foto, encaro e posto nas redes. E saio correndo, de vergonha.

Quando virem no face ou no instagram 60inventa50 foto desta corajosa senhora que vos fala, saibam que fechou os olhos e corou as bochechas.

E por favor, por reconhecimento ao esforço, dêem um likezinho.


 
 
 

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