Fofoca

Hoje, assitindo a tv gazeta (sim eu assisto a tv gazeta), ouvi de um dos participantes do quadro uma observação sobre a realização de lives que achei bem interessante.

No meio desse turbilhão de emoções, medos, sensações e sintomas, não me dei conta nem firmei o olhar nas diferenças dessas tão variadas apresentações.

A variação não se refere ao tipo de música, se music ou musique, se tem o modelito antigo ou contemporâneo, se sinto vontade de fugir ou de me deleitar, se é só para os ouvidos, se o som baila pela nuca ou os olhos aproveitam também... mas a referência que ouvi é sobre o comportamento. Hum.

Tenho recebido de amigos vídeos de todos os tipos, engraçados, tocantes, musicais, infantis, erótico não (só sensual), uma diversão extra, sem dúvida.

Recentemente recebi um vídeo (de uma amiga querida, quero anotar) de um grupo de dança francês (bailarinos da Ópera de Paris, só. Acha pouco?), lindo!

Fiquei vendo aqueles passos sem elaboração coreografada, cada um criando uma amostra de sua habilidade (para mim extraordinária) individual, solitária, de dentro de suas casas, apês...vi com olhos apaixonados, chegou a ser poético. Emocionei.

Da mesma forma, a maioria dos vídeos que pude abrir têm um ar quase sofrido, uma atmosfera grave, condizente com o semblante atual de nosso planeta, mesmo aqueles que mostram cantorias das janelas de prédios, mesmo esses não conseguem ser alegres...quando vejo até quero sorrir mas só consigo mostrar meio piano.

Mas o que me surpreendeu no programa de tv, cujo nome lembra o título deste texto, foi a comparação com as lives feitas pelos nossos cantores.

Que jeitinho brasileiro! São lives alegres, regadas a drinks e salgadinhos, sorrisos, beijos e abraços emocionados, que aliás rendem ajuda importante para uma população realmente necessitada.

É certo que o pior ainda não aconteceu (segundo os especialistas), mas o modo ajeitado/criado pelos cantores verde-amarelo de levar alguma alegria para os lares trancados, para os olhos abaixados, juro, é de se admirar. Você já viu? A gente sacode e mostra todo o piano.

Sem crítica. Só observação. Pura fofoca.