Existe.

Há pouco tempo me integrei em um grupo no whattsap, 6 ou 7 mulheres já etiquetadas pela lei vigente no Brasil como idosas (se a lei diz que sou, sou), que têm um movimento interior impressionante.

Esse grupo, cujo nome ainda está em discussão (idoso gosta de estudar as possibilidades) tem como objetivo recolocar na vida social algumas pessoas que, por total descuido ou desventura, hoje dormem nas calçadas das ruas, esquecidos e indesejados por todos nós.

Quantas vezes viramos os olhos, entortamos o nariz ou, na melhor das hipóteses doamos moedas (moeda, o que se compra com moeda?) ou elevamos nosso pensamento para que Deus os ampare?

O que entregamos para essas pessoas que se encontram em situação calamitosa, sem teto, sem banho (gente, sem banho! quem pode manter a dignidade se não pode tomar 1 banho?) além do nosso triste olhar ou pequenos gestos de doação daquilo que não nos fará falta mesmooo, como as moedinhas?

Pois essas mulheres, idosas, corajosas, porretas, saem de suas casas no meio da pandemia para buscar pessoas (sim, eles são pessoas) para estender suas mãos.

Se unem. Se adoentados, vão para o SUS, tudo feito por elas.

Depois prosseguem. Exigem a necessária retidão, têm que andar na linha. Nada de drogas ou bebidas. Arrumam emprego...tem um que comprou até um carro!

Já pensaram se cada grupo de comadres se unisse para fazer isso? Estender a mão?

Todos podemos ajudar, mexer os pauzinhos com os nossos conhecidos e conhecimentos... Quem poderá negar estar e ajudar um grupo desse tipo?

Acho que é preciso parar de reclamar da vida, da pandemia, da família, dos defeitos alheios, dos nossos defeitos...mãos à obra mulherada! Coragem e persistência.

Que honra genteeeeeee, estou nesse grupo!

No meio das perdas, do medo, da tristeza, das incertezas surge essa luz para mim. Faço parte desse grupo! Me sinto tão alegre que nem "caibo" em mim!

Faça um bem para você fazendo um bem para alguém. Tá na hora.

Fica a dica e um sorriso imenso que vem bem de dentro de mim!